Até ao momento, a exposição da PlayStation 4K na comunidade de desenvolvimento era limitada. Temos pequenos detalhes que aguardavam fontes adicionais antes de os publicarmos, mas os eventos ultrapassaram-nos - a Sony está a falar com os programadores sobre isto e o Giant Bomb passou-nos a perna, temos acesso aos mesmos documentos. Não existem dúvidas - isto é real. Teremos uma nova e mais poderosa PS4.
Não sabemos quando será lançada mas os protótipos estão a ser entregues aos estúdios agora. Um kit de teste, dentro de uma carcaça não finalizada - que a Sony pede aos estúdios para não revelar, seguirá depois. Um kit de teste de segunda geração, ainda não final, será entregue em Junho. A sony fará apresentações mais intensas sobre a Neo na sua DevCon em Maio, enquanto a submissão de código para jogos compatíveis com a Neo começa em Agosto.
Mas e as especificações? Já falamos anteriormente sobre 3 possibilidades - uma PS4 Slim com o actual processador e suporte para 4K, uma versão melhorada da actual, e uma consola muito superior que leva as coisas mais além. A realidade? A nova consola - cujo nome de código é Neo - é essencialmente um híbrido dos conceitos 2 e 3 e mais poderosa do que esperava. Tendo em conta as limitações financeiras e tecnológicas inerentes ao design de uma nova consola em parceria com a AMD, é basicamente o melhor entre o esperado. A fuga de informações confirma:
A actual PS4 existirá em paralelo com a mais poderosa Neo. Os documentos da Sony sugerem que a carcaça será diferente.
Vamos olhar para as três principais melhorias:
CPU: Teremos uma melhoria na CPU mas os núcleos em si não mudaram nada - apenas correm numa velocidade superior - um aumento de 31%. Tal como no modelo actual, um núcleo e uma fatia temporária de outro está reservado para o sistema operativo.
Memória: Ainda teremos 8GB de GDDR5, com um aumento de 24% na largura de banda. A actual consola usa módulos de memória a 5.5gbps. Matemática básica sugere que a Sony puxou isto para os mesmos módulos de 7.0gbps que vemos nas gráficas de topo como a GTX 980 e a GTX 980 Ti.
O aumento não é muito grande e ainda terá que ter em conta a utilização da CPU (partilham a mesma interface), e a largura de banda não se adapta lá muito bem ao referido aumento na GPU - que é enorme.
GPU: O aspecto mais entusiasmante. O número de unidades computacionais sobe de 18 para 36, e a velocidade do relógio vai de 800MHz para 911MHz - mais 14%. Um aumento geral de 2.3x em FLOPs. A questão é qual a tecnologia que está a ser usada?
A AMD criou processadores para as duas consolas de actual geração com recurso a componentes mais velhos nos quais desactivou algumas unidades computacionais. A Xbox One ficou com a Radeon HD 7790, enquanto a PlayStation 4 ficou com a mais capaz e semi-personalizada Radeon HD 7870.
O que é interessante é que 36 unidades computacionais não encaixam confortavelmente nas existentes GPUs AMD. Sugere que a Sony e a AMD foram mais longe, que estão a usar a tecnologia Polaris.
Trinta e seis unidades computacionais com um canal de memória 256-bits parece muito similar às especificações adiantadas para as duas novas gráficas Radeon em desenvolvimento, com nome de código Polaris 10. A AMD não revelou informações oficiais mas os entusiasmantes reuniram as especificações ao isolar a identificação de equipamento Polaris 10 de uma submissão Linus Kernel, depois comparada com um benchmark Sisoft.
Curiosamente, este teste Polaris foi executado com uma velocidade de relógio a 800MHz e memória GDDR5 a 6gbps - uma inferiorização sobre as supostas especificações PS4. Poderá ser devido ao silício de pré-produção mas também pode ser uma simulação para uma variante laptop do processador, onde uma menor velocidade do relógio é um pré-requisito.