É de se esperar que muitas dessas missões principais são repetições discretas e algumas poucas descaradas, obviamente as inúmeras Side OPSs não teriam o mesmo padrão de qualidade e daria mais sensação de repetitividade ainda.
Embora nota-se grande evolução nas possibilidades interativas, nos detalhamentos dessas possibilidades e grande predominância do ato de jogar (mão no controle, cabeça em atividade), existe de fato uma sensação de que houve sim uma troca de uma característica pela outra [menos cenas por mais jogo], e isso já é um belo avanço.
Não querendo desmerecer, até porque o japão não demonstra capacidade de produzir jogos de mundo aberto com bom grau de detalhismos, mas sempre explorou bem suas áreas com backtrakings e reaproveitamento de toda geografia em si, mas aqui eu senti um certo exagero e cansaço.
Nunca jamais descartei excesso de conteúdo em jogo algum, inclusive apreciei até o exagero de coletáveis do Assassins Creed Unity, mas em MGS5 the Phantom Pain, eu cheguei adesejar que o conteúdo caísse a 1/3 de tudo que rolou em termos de missões principais, e que as SIDE OPS caísse a 1/5 de tudo o que rolou.
Se rolasse só o necessário, era bem vindo. Pois nem mesmo os eventos entre as missões me deu deslumbre ou pânico (como cheguei a ver em fóruns por aí, gente assustada com a epidemia na mother base), enquanto essas questões paralelas me soava muito superficial, ao contrário de jogar um XCOM que realmente me dava desespero ou sentimento de glória, aqui eu interagia com essas questões de administração de base, consumo e compras de upgrades e armas com MUITA SERENIDADE, por mais que alguma armas a venda fossem algo muito atraente para alcançar RANK S, mas até mesmo esses RANK S soa desanimador demais, uma vez que as regras são muito injustas (no sentido de ser estupido), a repetitividade de missões é grande e quantidade dessas é grande também [foda-se 100G ou GoldTrophy].
Depois de certo tempo a maneira de jogar se modifica, e isso acontece com todo jogador, não porque o jogador fica sem saída, mas sim por curiosidade. Por exemplo, comigo eu joguei de uma maneira antes de ter a Quiet no meu time, depois passei a jogar de outro, jogava em stealth, depois como Rambo, depois passei a parar de usar as caixas de papelão, passei a usar as granadas de efeito (fumaça, sonífero, paralização de máquinas, etc) assim como passei a usar as drogas e a visão noturna.
O jogo funciona muito bem, é divertido, às vezes enjoa, mas também cativa. Tudo o que exaltam de ruim ou bom por aí, é EXAGERO! Não há grandes emoções, não há características repulsivas cinematográficas ou gameplaymisticas. Somente o EXAGERO ronda por aí quando o assunto é MGS5, isso não é um jogo polemico, explosivo, absurdo, revolucionário, genial. É um jogo normal, equilibrado, suficientemente divertido.
Me incomodou um pouco o fato de ter uma falsa imensidão e muito reaproveitamento de cenários, mas apesar de tudo esse foi de longe Metal Gear que eu mais gostei depois do RISING.
As boss battles não foram tão bombásticas e numerosas como eu esperava (juro, eu imaginava algo padrão BINARY DOMAIN nesse aspecto, e sequer chega aos pés desse em matéria de boss battle), mas o ritmo do jogo compensou isso, e muito provavelmente esse jogo vai envelhecer mal ou já nasceu vencido pelo tempo, por mais que ele não seja algo realmente nobre na sua época, ele pode resistir melhor que os demais da série que eram muito chamativos na época deles (principalmente o 1º MGS do PSX e o Metal Gear 2 Solid Snake dos 8 bits) mas que hoje são jogos que a juventude não consegue se encantar [e com razão!]
Claro que não vamos condenar a série por um processo natural de envelhecimento, porque claramente certas características deixa de ter importância, enquanto outras sobrevivem muito bem ao tempo como por exemplo HALO 1 que é antiquado em pouquíssimas características enquanto na grande maior parte da composição ele continua, mesmo depois de mais de 10 anos, excelente para os tempos de hoje.
Talvez MGS5 daqui 10 anos ainda não seja tão antiquado como foi cada MGS após 10 anos, e por mais que enaltecem a série pelos seus feitos, qualquer lapso de bom senso e percepção nos faz enxergar a verdade => FOI BOM EM SUA ÉPOCA, FOI BOM EM SUA ÉPOCA, TALVEZ ESTAMOS EXAGERANDO.
Enfim, o jogo é legal, tem uma natureza mais nobre, mas longe de merecer tanta qualificação, longe de ser o tipo de jogo que o produtor precisa estampar seu nome “produzido por mim” N vezes como se tivesse pleno orgulho [que é de fato uma escrotice fazer isso mesmo se o jogo for um DARK SOULS da vida].
Mas tá aí! Se esse foi de fato o último METAL GEAR, isso pouco importa, qualquer um é capaz de fazer uma continuação, não há nada de intocável e delicado em meio a tanta fantasia, ficção e esclarecimentos. Se a Konami der conta do recado, ela pode aplicar essa formula e criar outros jogos com menos narrativa/drama e mais gameplay sem o Kojima, não é uma tarefa tão difícil. Afinal se até HALO manteve o nível de qualidade das campanhas em outras mãos, porque que METAL GEAR não pode ??? Aliás, o meu METAL GEAR favorito (Rising) sequer é do Kojima.
NOTA 6/10 (BOM)