"É isto que Ueda pretende, que o jogador se emocione e estabeleça um laço com Trico."
Esta aventura será realizada com um foco na relação entre os dois membros, mas isso vai além do enredo, aplica-se ao gameplay e à experiência de jogo no todo. Trico não consegue sair dali mas ao esticar-se permite que o rapaz trepe pelo seu pêlo para chegar ao outro lado. Assim, pode gritar para o grande Trico e chamá-lo na sua direção. Agora existe uma porta entre os dois e quando chamado, Trico investe contra o portão. Sem sorte, grita de dor e não evitamos sentir pena do animal.
É isto que Ueda pretende, que o jogador se emocione e estabeleça um laço com Trico. Um laço que nos permitirá rir mas também chorar quando o jogo nos colocar à prova. Uma segunda investida permite que o rapaz possa finalmente movimentar a alavanca e abrir o portão para que voltem novamente a juntar-se A relação entre os dois personagens e o esforço em conjunto com vista à progressão serão dois elementos em perfeita sintonia.
Ueda explicou a essência do gameplay de The Last Guardian como tendo um elemento básico: a necessidade do jogador ler a situação em que se encontra e como poderá progredir. A base de tudo será a colaboração entre os dois personagens tendo em conta as suas forças e fraquezas. Trico é grande e forte tendo ainda mais alcance enquanto o pequenote apesar de pequeno e vulnerável, é inteligente e consegue ler as situações.
Acima de tudo não nos podemos esquecer que são uma equipa e que a grande maioria dos desafios estão preparados tendo em mente esta opção. A forma minimalista do jogo, desde a música aos efeitos sonoros (praticamente só ouvimos o vento a passar pelas ervas) passando pelos visuais, demonstra algo que nos faz pensar de imediato em Ico e Shadow of the Colossus e Ueda não tem qualquer problema em concordar. Não estivesse-mos a falar de um produto que nasceu da mesma mente.
Primeiro Ueda estabeleceu uma comparação com o elemento da altura, elemento que foi bem demonstrado na demo e que esteve presente de forma imponente em Shadow of the Colossus, mas também em Ico. O foco é mesmo a relação entre os dois personagens e a forma como o rapaz se sente protegido quando Trico está por perto. Por outro lado, existe o desejo de incutir algum medo psicológico no jogador, de sentir constante pressão pela altura e a respeitar enquanto elemento da experiência para quando ultrapassar o desafio sinta que o conseguiu com satisfação.
A altura, e o medo que nos incute, é tão importante para a experiência que a equipa de produção visitou vários locais, entre eles arranha-céus, para melhor representarem o que sentiram nesses momentos. Como visto na demo, Trico salta para o outro lado e o pequeno rapaz salta para ser apanhado a meio do salto falhado. A cooperação entre os dois é fundamental e apesar do comportamento de Trico sugerir algo muito pré-programado, Ueda explicou que poderá não ser assim tão transparente. Referindo-se ao momento em que o pequeno rapaz agarra a cauda de Trico como um momento no qual jamais perdemos o controlo do personagem.
Para o fim Ueda reservou uma ideia bastante intrigante apesar de sujeita a interpretações erradas. Apesar do conceito tradicional de jogabilidade online não encaixar na percepção do que está a ser dado sobre o que é The Last Guardian, Ueda não descartou por completo a presença desse tipo de funcionalidades. Podem esquecer um modo no qual dois jogadores controlam cada um dos personagens, até porque Trico parece difícil de apresentar enquanto elemento que poderia ser controlado, mas Ueda deixou no ar a possibilidade de integrar de alguma forma uma componente online.
Ainda assim, nada de concreto e que possa ser adiantado mas a postura recatada de, até tímida, Ueda parece contrastar e muito com a ambição do seu projeto. Numa era quase toda ela focada no espectáculo cinematográfico e nas acrobacias desmedidas, Ueda e companhia estão focado na oferta de uma aventura emocional de contornos envolventes. Um ataque ao coração do jogador se assim quiserem.
De todos os jogos que tive o prazer de conhecer aqui na E3 2015, nenhum deles se aproxima do tipo de experiência que The Last Guardian procura oferecer. Sempre focado na criação de jornadas emocionais que nos levam às lágrimas, Ueda e os programadores que estiveram na Team Ico, agora no GenDesign, focaram-se sempre na vertente emocional e sensorial ao invés da tecnológica. The Last Guardian ostenta em todos os seus poros o carimbo da Team Ico e de Fumito Ueda, para a grande maioria dos que estão a ler isto esta frase já disse tudo.
Esta aventura será realizada com um foco na relação entre os dois membros, mas isso vai além do enredo, aplica-se ao gameplay e à experiência de jogo no todo. Trico não consegue sair dali mas ao esticar-se permite que o rapaz trepe pelo seu pêlo para chegar ao outro lado. Assim, pode gritar para o grande Trico e chamá-lo na sua direção. Agora existe uma porta entre os dois e quando chamado, Trico investe contra o portão. Sem sorte, grita de dor e não evitamos sentir pena do animal.
É isto que Ueda pretende, que o jogador se emocione e estabeleça um laço com Trico. Um laço que nos permitirá rir mas também chorar quando o jogo nos colocar à prova. Uma segunda investida permite que o rapaz possa finalmente movimentar a alavanca e abrir o portão para que voltem novamente a juntar-se A relação entre os dois personagens e o esforço em conjunto com vista à progressão serão dois elementos em perfeita sintonia.
Ueda explicou a essência do gameplay de The Last Guardian como tendo um elemento básico: a necessidade do jogador ler a situação em que se encontra e como poderá progredir. A base de tudo será a colaboração entre os dois personagens tendo em conta as suas forças e fraquezas. Trico é grande e forte tendo ainda mais alcance enquanto o pequenote apesar de pequeno e vulnerável, é inteligente e consegue ler as situações.
Acima de tudo não nos podemos esquecer que são uma equipa e que a grande maioria dos desafios estão preparados tendo em mente esta opção. A forma minimalista do jogo, desde a música aos efeitos sonoros (praticamente só ouvimos o vento a passar pelas ervas) passando pelos visuais, demonstra algo que nos faz pensar de imediato em Ico e Shadow of the Colossus e Ueda não tem qualquer problema em concordar. Não estivesse-mos a falar de um produto que nasceu da mesma mente.
Primeiro Ueda estabeleceu uma comparação com o elemento da altura, elemento que foi bem demonstrado na demo e que esteve presente de forma imponente em Shadow of the Colossus, mas também em Ico. O foco é mesmo a relação entre os dois personagens e a forma como o rapaz se sente protegido quando Trico está por perto. Por outro lado, existe o desejo de incutir algum medo psicológico no jogador, de sentir constante pressão pela altura e a respeitar enquanto elemento da experiência para quando ultrapassar o desafio sinta que o conseguiu com satisfação.
A altura, e o medo que nos incute, é tão importante para a experiência que a equipa de produção visitou vários locais, entre eles arranha-céus, para melhor representarem o que sentiram nesses momentos. Como visto na demo, Trico salta para o outro lado e o pequeno rapaz salta para ser apanhado a meio do salto falhado. A cooperação entre os dois é fundamental e apesar do comportamento de Trico sugerir algo muito pré-programado, Ueda explicou que poderá não ser assim tão transparente. Referindo-se ao momento em que o pequeno rapaz agarra a cauda de Trico como um momento no qual jamais perdemos o controlo do personagem.
Para o fim Ueda reservou uma ideia bastante intrigante apesar de sujeita a interpretações erradas. Apesar do conceito tradicional de jogabilidade online não encaixar na percepção do que está a ser dado sobre o que é The Last Guardian, Ueda não descartou por completo a presença desse tipo de funcionalidades. Podem esquecer um modo no qual dois jogadores controlam cada um dos personagens, até porque Trico parece difícil de apresentar enquanto elemento que poderia ser controlado, mas Ueda deixou no ar a possibilidade de integrar de alguma forma uma componente online.
Ainda assim, nada de concreto e que possa ser adiantado mas a postura recatada de, até tímida, Ueda parece contrastar e muito com a ambição do seu projeto. Numa era quase toda ela focada no espectáculo cinematográfico e nas acrobacias desmedidas, Ueda e companhia estão focado na oferta de uma aventura emocional de contornos envolventes. Um ataque ao coração do jogador se assim quiserem.
De todos os jogos que tive o prazer de conhecer aqui na E3 2015, nenhum deles se aproxima do tipo de experiência que The Last Guardian procura oferecer. Sempre focado na criação de jornadas emocionais que nos levam às lágrimas, Ueda e os programadores que estiveram na Team Ico, agora no GenDesign, focaram-se sempre na vertente emocional e sensorial ao invés da tecnológica. The Last Guardian ostenta em todos os seus poros o carimbo da Team Ico e de Fumito Ueda, para a grande maioria dos que estão a ler isto esta frase já disse tudo.