Bom, amigos, acredito que o que mais prejudicou minha jogatina de Dark Souls II foi ter jogado o 1 logo antes. Isso criou expectativas. Acredito que quem jogou o II na época do lançamento, que há algum tempo não jogava o 1, pode ter curtido mais.
Só que ao mesmo tempo me possibilitou visualizar o que melhorou e o que piorou de uma versão para a outra.
Sim, eu achei um jogo muito mais fraco do que o 1. O 1 é uma obra prima, é bom demais, com somente duas áreas que achei muito ruins, e só poucos bosses ruins (repetir Asylum Demon 3x é prejudicial). No entanto, sentia vontade de jogar tudo de novo do 1 mesmo antes de terminá-lo. Era algo muito bom.
O II eu fui jogando e minha vontade era de acabar logo. Vejam bem, eu sempre quero enfrentar bosses em Dark Souls e Bloodborne. E a maior parte dos chefes que enfrentei em Dark Souls II eram ruins, bobos e esquecíveis. Muitos eram versões nerfadas de bosses perigosos e mais dinâmicos de Dark Souls 1. Por exemplo, por melhor que a batalha com a Lost Sinner (Pecadora Perdida) possa ser (e é uma batalha legal), ela é uma versão nerfada de Knight Artorias. Pior ainda é a Scorpioness Najka (Najka, a Escorpiã), que é uma chefe ridícula, uma versão infantilizada de Chaos Witch Quelaag.
Consigo contar nos dedos os bons bosses que enfrentei. Já vou anunciando que não enfrentei uns quatro ou cinco, opcionais, mas que o único destes que me parece interessante é o Darklurker, mas estou tão de saco cheio do jogo base que vi que o caminho até ele é tortuoso e cheio de grind, pois é um chefe específico de uma covenant. Segue aí abaixo os bosses que gostei:
- Looking Glass Knight: bom boss, com uma boa gama de movementos e o poder de invocar phantoms é bem interessante.
- Lost Sinner: como dito acima, um Artorias enfraquecido e menos perigoso. Enfrentei ela no escuro, mas foi legal, ela é rápida e agressiva.
- Ruin Sentinels: eu acho que esse foi meu chefe favorito. Apesar de não ter tido problema, senti aquela euforia, por ter que enfrentar três (dois ao mesmo tempo), e te faz ser um pouco versátil. Bom boss.
- Smelter Demon: esse chefe é perigoso, mas a área anterior é tão ruim, mas tão ruim, que eu já tava meio de saco cheio na hora de enfrentar... no entanto, ele é bom, a arena é pequena e a batalha é tensa.
- Velstadt, the Royal Aegis: batalha bem legal, lugar pequeno e uma boa gama de movesets... ataque fortíssimo, me fez até trocar de arma.
- Throne Watcher and Throne Defender: um Ornstein & Smough nerfado... uma chefe rápida e o outro é mais lento, ambos mudam algumas coisas durante as batalhas. Gostei deles, mas teria feito um deles usando martelo, lança, alabarda ou machado, porque ambos usam espadas... poderia, sei lá, aqui ser o Velstadt e mais o espachim (ou a 'ladra'), teria sido uma batalha mais memorável.
Esses foram os chefes dos quais eu realmente gostei. Agora, o jogo tá lotado de chefe idiota ein? Dragonrider, Mytha, DOIS DRAGONRIDER, um monte de rato ao mesmo tempo, Mago vagueador e congregação (um monte de mob ao mesmo tempo, lixão demais), Demônio Cobiçoso (meu Deus, esse foi o mais idiota de todos os tempos), Demônio da Canção...
Tem alguns bosses que eu meio que achei que não fediam e nem cheiravam. O Last Giant foi fácil, mas é um bom desafio para o early game. Aí vem o Pursuer, e é uma boa batalha, é um chefe bem difícil logo pro início, também (foi o segundo chefe que enfrentei), mas eu não sei, alguma coisa me fez não gostar dessa batalha... acho que era a trilha sonora, sei lá, sei que não foi tão boa quanto deveria ser.
Uma coisa que eu adorava no Dark Souls 1 era o design circular de que praticamente tudo ia até Firelink Shrine. Queria isso em Majula também, mas o fato de haver o warp desde o início do jogo meio que guiou esse direcionamento. Parece que Dark Souls III segue a mesma coisa, que é meio que o que o Bloodborne faz... não tem muito problema, mas enfim.
Tem muito problema de design nas fases também... ok, temos várias áreas bem boladas, tipo Cais de Ninguém (No Man's Wharf) e Bastilha Perdida (Lost Bastille), porém tem muita área zoada pra caramba... a pior de todas é Fortaleza de Ferro (Iron Keep), facilmente... tem um monte de Alonne Knight por ali e eles te enxergam a 2000000 km de distância, o que acabava me impedindo de correr até o chefe. Resultado? Fiquei enfrentando os bichos um monte de vezes até eles não voltarem mais. Sei que poderia ter pulado o Smelter Demon, mas queria enfrentá-lo, todo mundo falava que era um bom chefe.
Achei que o jogo tem invasão de Phantom em excesso, scriptadas mesmo. Podia ter bem menos, e investir mais no design. Acho o PVP do jogo extremamente quebrado, então essas invasões são só irritantes.
A mecânica de ir perdendo o máximo de vida a cada morte no início é um grande desafio a ser superado, porque as efígies disponíveis são muito limitadas, e é a única forma de ter mais do que 50% de vida total após morrer. No entanto, depois que já estamos mais fortes, e usando alguns anéis, isso se torna um tanto irrelevante... mas pro início é sofrido demais.
Bom, nos finalmentes do jogo eu só queria terminar mesmo. Faltando uns três chefes eu já estava de saco cheio. Matei a Nashandra rapidamente e chega, não queria mais saber de Dark Souls II, estava só querendo correr pras DLCs, que dizem ser boas.
Só que fui iniciar as DLCs e me vi realmente cansado do jogo. Vou deixar pra semana que vem, porque estou realmente fatigado.
O que achei de Dark Souls II, afinal? Um bom jogo, mas muita coisa me parecia artificial. Sei lá, bater nos bichos era mais artificial, não havia tanto impacto... eu não sei explicar, de verdade, essa sensação que eu tinha. Apesar de ser bom, é um Souls extremamente medíocre perto do 1 e de Bloodborne. E sinto muito, mas é impossível jogar sem comparar. Se você consegue, parabéns.
Obrigado, amigos. Acho que era isso, no geral. No debate que faremos nos comentários vamos falando de outras features do jogo que não abordei aqui.